quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Manoel Antônio Jansen da Silva Melo


História de: Manoel Antônio Jansen da Silva Melo
Autor:  Acervo da Biblioteca
Publicado em: 19/10/2016



 Manoel Antônio Jansen da Silva Melo, filho de Oscar da Silva Melo(tabelião, falecido) e Helena Jansen Melo da Silva, ( doméstica, falecida ), nasceu em 26 de julho de 1929, em Santo amaro da Purificação, no estado da Bahia. Teve cinco irmãos e uma infância com um quadro clínico complicado. Nasceu de parto prematuro devido uma queda que sua mãe sofreu no sétimo mês de gestação. Ao nascer, teve um dos seus braços quebrados pela parteira que desenganou sua mãe aconselhando-a não alimenta-lo, pois acreditava que ele não iria sobreviver. Manoel Antônio só teve o braço fraturado, engessando após quinze dias do seu nascimento, quando sua mãe saiu do repouso e notou que o choro constante não era em vão. Além deste episódio em sua infância Manoel Antônio enfrentou uma hernia umbilical, problema no coração, paludismo, uma infecção causada por uma poça de água barrenta, a qual ele bebeu por ter confundido com chocolate, e uma inflamação no ouvido proveniente dos puxões de orelha dados por sua professora como repreensão por não gostar de estudar. O próprio via tudo isso com bom humor.
   No dia 15 de outubro de 1943, aos seus 14 anos de idade, mudou-se para Ruy Barbosa BA, quando um tio avô convidou seu pai para substituí-lo como tabelião nesta cidade. Concluiu seus estudos, foi balconista, aprendeu datilografia e por muitos anos trabalhou no cartório juntamente com seu pai,  assumindo mais tarde a titularidade do Cartório, e no tempo que lhe sobrava permitia-lhe executar outras atividades, como locador de bicicletas, locadora a qual foi vendida para comprar uma câmara fotográfica, passando a exercer a profissão de fotógrafo, também foi dono de um rinhadeiro.
   Manoel Antônio era fascinado pela música e sonhava ser cantor de rádio, naquela época, uma ocupação bem apreciada pela sociedade. Em seguida, participou de um concurso de calouros, onde conheceu Helena Maria, uma grande concorrente, a qual ganhou em primeiro lugar, mais tarde se tornou sua esposa com quem conviveu 57 anos e tiveram nove filhos: Oscar, Manoel Antônio Jr, Marcílio, Margarida Maria, Marilena, Helena, Márcia, Mariza e Marcelo, vinte e três netos e oito bisnetos. Continuando o gosto pela música participou do grupo de fanfarra em Ruy Barbosa, aprendeu a tocar o instrumento musical ( sax alto ) e adotou o estilo boêmio. Gostava de acordar cedo para tocar o sax e ouvir as suas músicas. Foi um bom esposo, um pai excelente e avô extremado. Existia entre o casal uma grande cumplicidade e boa convivência, quando um saía sem o outro, as pessoas afirmavam que " Manoel não é Manoel sem Helena" tanto quanto "Helena não é Helena sem Manoel".
    Nunca teve sonhos políticos, mas por influência de amigos se candidatou a prefeito pelo partido PDS, concorrendo com mais de seis candidatos e ganhando a eleição com 2.950 votos de frente. Exerceu o cargo de prefeito de 1983 a 1988, foi um gestor ativo e incansável. Nos três primeiros anos de seu mandato, realizou inúmeras obras em todo município, desde a criação da Banda Municipal a importantes obras como a implantação do sistema de energia elétrica em Humaitá, realizou melhorias na área de saúde, como a criação da Secretaria Municipal de Saúde e a implantação de uma central de distribuição de medicamentos, além da implantação do posto de saúde Dr. Itamar José de Oliveira e do posto de saúde do distrito de Tapiraípe; também foi sua prioridade a educação, o lazer, a infraestrutura, a construção de escolas, praças, ruas e reformas. Em sua gestão também foi realizado o primeiro concurso público municipal.
   Em 1988 foi prestigiado pela Câmara de Vereadores, por ser um prefeito que se destacou na área da educação, sendo escolhido para ser patrono de uma escola pública municipal, a qual recebeu seu nome,  Escola Municipal Manoel Antônio Jansen da Silva Melo. Neste mesmo período ele criou também a bandeira municipal.
  Toda essa paixão pela música e pela cidade de Ruy Barbosa contribuiu para que mais tarde ele presenteasse a cidade com a rádio Ruy Barbosa ( RB - FM ).  Foi também marçon, pertencendo à loja Deus Paz e Progresso de Ruy Barbosa, e veio a falecer em 30 de outubro de 2010.






terça-feira, 11 de outubro de 2016

João Gomes Diniz Carvalho: Pe. João



História de: João Gomes Diniz Carvalho
Autor: Antônio Diniz Carvalho
Publicado em: 11/10/2016



Nasceu na fazenda Lagamar/Floresta/PE, filho de Cirilo Gomes de Sá Carvalho e Maria Diniz Carvalho, foi batizado em 16 de março de 1920 na capela de Santa Maria/Mirandiba/PE.Aos 20 anos de idade veio para Salvador a pedido de Dom Augusto Álvaro da Silva, onde estudou treze anos. Ordenado pelo já Cardeal  D.Augusto Álvaro da Silva em 1953 celebrou a sua primeira missa na capela de Santa Maria e a segunda em Floresta/PE em 1954, ficou como secretário particular do Cardeal e Vigário da Vitória, e em 1956 foi transferido para a paróquia de Ruy Barbosa/BA, em 1958 criou o colégio Anísio Teixeira, em 14 de julho de 1958 foi encarregado por D.Augusto de criar a Diocese de Ruy Barbosa, preparando a vinda do terceiro Bispo. Foi Pároco de 1956 a 1968 na paróquia de Santo Antônio - Ruy Barbosa, Pároco de Utinga por dois meses e de Itaberaba por oito meses, retornando a Ruy Barbosa até o seu falecimento.
  Recebeu em 1978 o título de Monsenhor Prelado Onório concedido pelo Papa João Paulo I. Por fim, seu coração estremeceu, colocou quatro pontos de safena e continuou seu ministério até os seus 52 anos de Padre.
   Considerava-se feliz com sua vida de  ancião, sobre tudo com prazer de viver na roça como nos seus primeiros dias de vida, alegrando-se, com a natureza até a chegada do Pai.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016




Valdenor Brandão Leal



História de:  Valdenor Brandão Leal
Autora: 
Maria Amélia Góes Lefundes
Publicado em: 18/08/2016


Ano de Nascimento ...1952
No dia 20 de janeiro, na Rua Juviniano de Castro, na cidade de Ruy Barbosa, nasceu VALDENOR BRANDÃO LEAL, o segundo filho de Olivio Martins Leal e Olga Brandão Leal.

Origens
Pai - Olivio Martins Leal - Nascido numa fazenda no município de Santa Terezinha - Ba, hoje pertencente ao município de Milagres -Ba, tinha como profissão, Chofer de Caminhão e posteriormente proprietário do Posto Esso Alvorada.
Mãe - Olga Brandão Leal - Nascida na cidade de Ruy Barbosa - Ba, casou-se aos 15 anos de idade e sempre dedicou-se aos cuidados com a família e o lar.
Irmãos - Gilberto Leal, Solange Leal, Selma Leal e Eduardo Leal.

Infância e Adolescência
O pequeno "Nôca" (apelidado) aos oito meses de idade.
Foi batizado na Igreja Católica pelo Monsenhor Sizínio Galvão, tendo como padrinhos a Professora Celeste de Castro Sampaio e o Sr. Justiniano Marques de Araújo.
Aos domingos sempre ia à missa, ao cinema e à praça com os irmãos.
Na adolescência, foi locutor num programa dominical de "A Florencilva", situado no Bairro do Folga.

Vida Escolar
Primeiras Professoras (municipais) - Eremita e Amanda
Primeira Escola Estadual - Carneiro Ribeiro situada na Praça Dr. Claudionor Batista de Oliveira, Centro, Ruy Barbosa - Ba.
Outros seguimentos escolares:
Prestou exame de Admissão no Ginásio Anísio Teixeira, em 1964, concluindo em, 1968.

Formatura
Em 1971 concluiu o Curso Técnico em Contabilidade, no Colégio Estadual Magalhães Neto - CEMAN.

Trabalho
Começou a trabalhar aos 12 anos, ajudando no Posto de Gasolina do Pai, desempenhando ali todas as atividades na área (lavador de pintura de carros, borracheiro, bombeiro, trocador de óleo de carro, lubrificador de carro e depois na Auto Peças Alvorada, também de seu Pai).
Em 1972 criou sua própria empresa para transporte de combustível para as Usinas de Energia da Companhia de Energia Rural do Nordeste - CERNE, empresa que antecedeu a Coelba, em outros municípios.
Aprovado no concurso do Banco do Estado da Bahia - BANEB em 1971, recusou-se a tomar posse, pois seria para outro município. Em 1972 foi aprovado no concurso do Banco do Brasil, ingressando em 23.01.1973, como Posto Efetivo, na Agencia de Ruy Barbosa - Ba. Ali exerceu as funções de Caixa, Auxiliar de Supervisão, Supervisor, Gerente de Expediente, subgerente e Gerente interinamente. Trabalhou nas agencias de Ruy Barbosa - Ba e Itaberaba - Ba (com o fechamento da agencia de Ruy Barbosa), saindo do Banco em 26.02.1998 aposentado por tempo de serviço aos 46 anos de idade.

O que sempre gostou de fazer
Ler jornais, revistas e bons livros, assistir Jornal e bons programas na Tv, ouvir boas músicas e programas de rádio.
Estar sempre com o povo.

Casamento
Casou-se com Maria Amélia Góes Lefundes no dia 16.02.1979, numa noite de muita chuva, em que chegou até a faltar energia.
Foram Padrinhos: o Sr. José Antonio e Sra. Vera Rebouças, Sr. Joel e Sra. Maria Burgos.

Maior Patrimônio: Filhos
Germano, Flaviana, Gustavo e Luciana Lefundes Leal.
                                              
Carreira Política
Nas Eleições Municipais do ano de 2000 concorreu ao cargo de Prefeito, sendo vencedor com 3.131 votos à frente do seu adversário, tornando-se assim o primeiro Prefeito ruibarbosense, para governar no período de 2001-2004. Tomou posse no dia 01 de janeiro de 2001 em Praça Pública e logo em seguida, em ação de graças, foi celebrada uma missa campal. Neste período o município experimentou grandes avanços nas áreas da Educação, Saúde, Infraestrutura e de Assistência Social, com implantação de diversos programas e projetos ainda inexistentes no município.
Em 2004, foi candidato à reeleição perdendo por 48 votos. Em 2008 lhe foi negado o direito de concorrer nas eleições ao tirarem o partido a que estava filiado, às vésperas da convenção partidária, num momento que liderava nas pesquisas, mas contrariava o interesse da liderança.






sexta-feira, 5 de agosto de 2016


Quem é Jarbas Lima ?


História de:  Jarbas Lima
Autor:  Jarbas Lima
Publicado em:  05/08/2016



 È muito fácil levantarmos a vida histórica de um verdadeiro artista. Principalmente quando o artista tem um vasto currículo. Seu interesse pelo teatro surgiu na sua infância incentivada por sua mãe por volta de 1972 – 1973. Na época em que os Circos-Teatro apresentavam os seus dramas, tragédias e comédias.

Jarbas Lima é natural da cidade de Ruy Barbosa Ba, continua construindo uma carreira regida pelo prazer de fazer teatro. No período de 1981 a 1983, trabalhou no Cartório de Tabelionato de Notas como escrevente de cartório.
Na área de comunicação e jornalismo Jarbas Lima foi voluntário por quatro anos na rádio local RB-FM apresentando o programa a Boa Nova de Jesus, coordenado pelo Centro de Comunidades da Diocese e Paróquia de Santo Antônio em Ruy Barbosa Ba.
È técnico em prótese dentária, em sua cidade dedica-se como pintor, escultor, com 25 anos de vida artística e completando 16 anos de teatro. Sempre participou como produtor, ator, diretor, cenógrafo, figurinista e etc.No Espetáculo Paixão de Cristo apresentado todos os anos durante a Semana Santa em Ruy Barbosa Ba, há mais de 15 anos.
O bom gosto pela literatura de um modo geral, assim como assuntos e acontecimentos diversos, o estimulou a escrever, dirigir e produzir algumas peças teatrais. Já encenou mais de quinze peças de Teatro adulto e infantil. De doze peças de sua autoria de seu vasto currículo destacam-se:
 - NA BATALHA DA VIDA O PRESENTE DESEJADO – Em 21 de dezembro de 1991
 - MARIA E JOSÉ UMA HISTÓRIA DE FÉ – Em janeiro de 1992
 - DOIS MIL ANOS ATRÁS – Em 24 de dezembro de 1995
 - NA POSSE DO PÃO A HISTÓRIA DO CHÃO – Saga de Antônio Conselheiro em 7 de novembro de 1993
 - BELEZAS DE MINHA TERRA – Em 28 de setembro de 2003
 - A SAÚDE DO PAÍS VAI BEM – Em 23 de outubro de 2006
 - O SANTO SEM CABEÇA – Em dezembro de 2010
 - E O BRASIL ME REGEITOU – Em 06 de outubro de 2011
 - MEU CARO JUMENTO – Em 28 de outubro de 2011
 - A FORÇA DO PODER DA PALAVRA – Em 4 de maio de 2012
 - PRAZERES DA VIDA ESQUECI DE VIVER – Em 21 de julho de 2012

No Cinema:
Participou como ator e roteirista do filme Ladrões em Cena produzido e gravado em Ruy Barbosa Ba, pela Montserrat Filmes em 12 de dezembro de 2014.
Em 29 de março de 2015 recebeu dois troféus com homenagem e destaque no Festival de Cinema do Interior na cidade de Nazaré das Farinha Ba.

Outras Experiências na Arte Teatral:
Projeto Chapéu de Palha – Oficina também de teatro coordenado pela atriz Jurema Pena – Apoio: (FUNCEB-DECAR)
O BRASIL QUE VEM DEPOIS - Em 28 de dezembro de 1996
A PÁSCOA DE TODOS NÓS – Sendo convidado a dirigir pelos alunos do Colégio Estadual Professor Magalhães Neto – CEMAN, em 27 e 28 de março de 1997. No Cine Teatro Santo Amaro em Ruy Barbosa Ba. Com mais experiência e perfeição nos figurinos e adereços dos atores, aí foi a origem da Paixão de Cristo que está sendo apresentada até hoje.
MOBILIZADOR CULTURAL (SECULT/SULDECULT 2007)
SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA - Em 2008 (Prefeitura Municipal)
ROTEIRISTA DO DOCUMENTÁRIO (Isto È Chapada Diamantina Paraguaçu Território de Versos e Rimas – Produzido pela LARTY-NARK, SECULT e TVE
MOBILIZADOR CULTURAL – Pro Jovem Adolescente 2012 a 2013

Ruy Barbosa-Ba, 07 de janeiro de 2015


 

quinta-feira, 4 de agosto de 2016


Uma Vida Dedicada a Arte


História de:  Jacob da Araújo Lima
Autor:  Jarbas Lima
Publicado em:  04/08/2016
  

Nascido na cidade de Monte Alegre, hoje Mairí, em 28 de novembro de 1913. Residiu na cidade de Ruy Barbosa por mais de 60 anos. Sua primeira profissão em Ruy Barbosa foi sapateiro, não deixando de lado o bom gosto pelas artes plásticas que é a meta principal e tradicional da família Lima. Grandes trabalhos artesanais em couro, o citado artesão fabricava de tudo um pouco, como chapéus, cintos, sandálias e também as famosas botinhas decoradas em alto-relevo para ambos os sexos. Muitas pessoas desejavam usar um sapato fabricado ou concertado por Jacob Lima que tinha sua marca registrada em estabilidade e criatividade artística – um artista de mão cheia...

Arte Diferente:
    Não podemos esquecer-nos das grandes micaretas dos anos 40 e 50, onde o grande carnavalesco Jacob Lima criou figuras e máscaras carnavalescas, como máscaras do personagem O Amigo-da-Onça da revista O Cruzeiro. Uma grande metamorfose, onde um jumento foi transformado em um boi holandês. Essa caracterização era perfeita: com chifres, orelhas, cascos, o pelo do animal manchado de preto e branco, completando assim os cascos do animal que era no caso, de um boi, uma verdadeira clonagem artística.

Um Presépio Inesquecível:
    Por volta dos anos de 1950, iniciou uma das mais belas tradições natalinas, que era o seu famoso presépio, que ainda é conhecido por toda a comunidade de Ruy Barbosa, mas “Desconhecida Essa Obra de Arte Como Patrimônio Cultural de Nossa Cidade”. Esse maravilhoso presépio era visitado por mais de mil e quinhentos visitantes na época do natal. Esse maravilhoso trabalho merecia ficar armado o ano inteiro para visitação pública, e até mesmo como atração turística em Ruy Barbosa. Pela idade, e pela falta de estímulo com mais de 90 anos, o Senhor Jacob não confeccionava mais esse presépio, deixando esse legado para seus filhos: Jarbas Lima e Jackson Lima. A cidade de Ruy Barbosa tem muitas histórias mais infelizmente não tem memória. A criatividade artística de Jacob Lima foi uma delas.

Assistência Social:
   Na área de saúde, trabalhando por mais de 25 anos como Agente de Saúde no antigo posto de Puericultura na Rua Corinto Silva ao lado do Fórum de Ruy Barbosa, trabalhando no Centro de Saúde, hoje Dr. Claudionor Oliveira, onde chegou a se aposentar.
    Na época do Colégio Anísio Teixeira (Colégio do Padre) e CEMAN, todos os jovens estudantes, após o resultado da admissão, uma espécie de teste-exemplo de um pequeno vestibular para ingressar no colégio, tinham que passar por um atestado de saúde ao ser vacinado, à assinatura final era da nossa inesquecível Dr.Odette Ramos. Era necessário que todos os estudantes tomassem a vacina contra a varíola, vacina esta que era realizada a picadas ou furadinhas com  ponta de alfinetes esterilizados  e executados pelo Senhor Jacob Lima.
    Nesse documentário voltamos ao passado e observamos quantas pessoas fizeram histórias nessa terra amado do Orobó, que ajudaram de certa forma, para o desenvolvimento de nossa cidade.
    O Senhor Jacob Lima veio a falecer no dia 18 de junho de 2011, no hospital da Bahia, vítima de Choque Sepático, insuficiência do trato respiratório e fratura do fêmur direito.
“Ninguém morre enquanto permanece vivo no coração de alguém”.


        
  

quinta-feira, 14 de julho de 2016


Quarto e Atual Bispo da Diocese de Ruy Barbosa


História de:  Dom André de Witte
Autor: Dom André de Witte
Publicado em: 14/07/2016



Nasceu em 31 de dezembro de 1944 em Scheldewindeke, pequeno município da Flandria Oriental, Diocese de Gent na Bélgica. Filho de Armand de Witte e Agnes Delbeke, agricultores já falecidos. Tem três irmãos e uma irmã, casados, pais e avós.
Fez o primeiro ano colegial, “Humaniora Clássica” no colégio diocesano em Zottegen e mais cinco anos no Colégio dos Padres Carmelitas em Haasrode, onde descobriu a vocação: ser padre para a América Latina, atendendo ao convite do Papa que através da Encíclica Fidei Donum, convidava à solidariedade com as igrejas da América Latina. O Bispo de Cient concordou com a sua formação como seminarista do colégio para a América Latina estudando na Universidade Católica de Lovaina (Bacharelado no Instituto Superior de filosofia, 1962 -1964, e Bacharelado na Faculdade de Teologia, 1964-1968). Foi ordenado padre na igreja do decanato de Oosterzele a seis de julho de 1968.
Filho de agricultores e com o ideal de servir melhor ao povo latino-americano, naquele tempo majoritariamente no campo, seguiu o exemplo de Benoni Leys, colega da mesma Diocese, e se formou como engenheiro agrônomo, secção economia e sociologia agrícola, na Universidade Católica de Lovaina (1968-1973).
Fez o costumeiro estágio pastoral paroquial em Zwijndrecht (1973-1975) e chegou ao Brasil no dia doze de fevereiro de 1976. No cais em Recife estava Benoni Leys que chegou dois anos antes e com quem ia formar equipe na recém criada Diocese de Alagoinhas, onde Dom José Cornelis, era o primeiro Bispo.
Acolhido na casa dos padres alemães de santo Antônio em Alagoinhas, e das Irmãs Missinárias de Nossa Senhora das Dores no Distrito de Boa União, referência para trabalhos missionários e acolhida de missionários (a)s, teve este valioso apoio para começar a conhecer a realidade do povo e do trabalho pastoral. A Semana Santa de 1976, em Teodoro Sampaio foi seu “batismo de fogo”.
Na paróquia do Divino Espírito Santo que abrangia Inhambupe, Sátiro Dias e o Distrito Itamira de Aporá, os padres se esforçaram para visitar, celebrar missas e cuidar dos sacramentos nas numerosas comunidades, mas, sobretudo para formar comunidades e suas lideranças, catequistas, animadores para círculos bíblicos nos momentos fortes de evangelização na Campanha da Fraternidade, no mês de Maria e no mês da bíblia, animadores para o culto dominical.Isto representa a primeira parte do trabalho evangelizador: formar o povo de Deus, a parte mais interna, eclesiástica.
O objetivo da CNBB é também “participar da construção de uma sociedade justa e solidária, a serviço da vida, rumo o Reino definitivo”.
Aqui entra a participação na equipe da Pastoral Rural com todo o serviço que a mesma realizou. Uma primeira fase pode ser caracterizada de conscientização e organização dos lavradores, com reuniões nas comunidades em toda a Diocese, encontros trimestrais para Lideranças nos Centro Diocesano, participação ativa do movimento da ACR – Animação dos Cristão no Meio Rural nas assembleias em Recife e em nível de Bahia em Alagoinhas, Senhor do Bonfim e Ruy Barbosa, da CPT, das Romarias da Terra em Bom Jesus da Lapa que inspiraram a Jornada dos Lavradores diocesano anual para o Dia do Lavrador. Era época que os grandes grilavam a terra (terra de negócio) e expulsavam os pequenos que ficavam sem a terra de trabalho. A Pastoral Rural contribuiu para a criação de oito STRs – Sindicatos dos Trabalhadores Rurais.
Na segunda fase se destaca a profissão e a formação de jovens como trabalhadores e trabalhadoras com a fundação da Escola Família Agrícola. Merecem destaque os monitores, casais e solteiros que deram a qualidade ao trabalho, a participação temporária dos Quiriris de Mirandela hoje Banzaê. Ajuda financeira veio de solidariedade internacional via DISOP da Bélgica.
Diante do fato que o pequeno lavrador e mesmo uma associação de lavradores não tinha acesso a crédito foi dado um novo passo: a formação de uma cooperativa, formada pelas associações da comunidade com alunos e ex-alunos da EFA e que trabalhou pelo lado dos insumos (sementes, adubos, trator comunitário), no beneficiamento dos produtos (farinha, milho, ração fubá) e do crédito financeiro (SICCOB).
Na Diocese de Alagoinhas Padre André ainda recebeu a missão de Vigário Episcopal do Zonal do Sertão, administrador paroquial de Ribeiro do Amparo – Heliópolis, Diretor Episcopal dos seminaristas, coordenador diocesano da pastoral e vigário geral
No dia oito de junho de 1994 foi nomeado pelo Papa João Paulo II Bispo da Diocese de Ruy Barbosa, vacante desde a morte repentina de Dom Matthias Schmidt em vinte e quatro de maio de 1992. Padre André foi ordenado Bispo em Inhambupe no dia vinte e oito de agosto 1994, pelo Arcebispo de Salvador Cardeal Dom Lucas Moreira Neves, juntamente com os bispos Dom Jaime Mota de Farias de Alagoinhas e Dom Arthur Luysterman de Gent e outros bispos presentes,  começou a missão em Ruy Barbosa no dia dezoito de setembro do mesmo ano.
No Regional NE3 era durante alguns anos o bispo a acompanhar a Juventude, e atualmente é o bispo referencial da CPT. Em 1995 foi eleito Presidente do SPM – Serviço Pastoral dos Migrantes, e assumiu esta missão na CNBB durante dois mandatos (oito anos). Foi sucessor do saudoso Dom Mário Zanetta de Paulo Afonso, como Presidente do IRPAA – Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada em Juazeiro e chegou a ser reeleito para este cargo. Dom André também representou a igreja católica na Diretoria da CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviços.
A Diocese de Ruy Barbosa foi criada em 1960 e hoje é formada pelo povo católico (ao redor de 460.000 habitantes) de 23 paróquias (em 22 municípios e 25.900 km²). Dom André entrou na caminhada deste povo do Sertão e do Piemonte da Chapada Diamantina como o seu quarto Bispo. Fiel à proposta da CNBB, incentivava o equilíbrio dos dois aspectos da evangelização, o “Eclesiástico”, ser uma igreja de CEBs, como paróquias redes de comunidades que celebram e vivem sua fé, e a missão para a transformação da sociedade. A Diocese conseguiu abrir o seu seminário Bom pastor e ordenar os primeiros padres, mas quer ser uma igreja não só clerical e sim toda ministerial e como expressou um compromisso da segunda Semana Social Diocesana, que liga sempre fé e vida. Terra para trabalhar, água para a família e a produção, e cidadania, são prioridades, a partir da opção preferencial pelos pobres e não só para o povo católico. Numerosos iniciativos de solidariedade nas comunidades bem como a luta para políticas públicas e a participação, através da Cáritas Diocesana, na ASA – Articulação do Semiárido e na Gestão de projetos governamentais com construção de mais de 12.000 cisternas para famílias, quase mil e oitocentos para a produção, bem como barreiros e aguadas concretizam a motivação da fé e o objetivo diocesano de evangelizar: a partir do encontro com Jesus Cristo, como discípulos missionários, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, como igreja de CEBs, transformando a realidade que nos cerca, construindo uma sociedade justa e solidária, a serviço da vida e da esperança em vista do Reino definitivo para que todos e tudo tenham vida e a tenham em abundância (Cf. Jo 10,10).

O Bispo Dom André, com os padres, irmãs e o povo, leigos e leigas, lutam para alcançar este objetivo.

segunda-feira, 11 de julho de 2016


Carnaval em Ruy Barbosa (Carnaval de Defonso)


História de:  Idelfonso Soares Correia
Autora:  Acervo da Biblioteca
Publicado em: 11/07/2016


   Em 1952 o Senhor Idelfonso Soares Correia chegou á cidade de Ruy Barbosa. Natural da cidade de Maragojipe, cidade onde acontece o mais famoso carnaval de máscaras da Bahia, ele veio para cá a trabalho, trabalhando como enfermeiro na construção da estrada de ferro.
   Ao chegar à cidade notou que não havia nenhum tipo de divertimento para os jovens que aqui moravam. Então começou a falar em realizar um carnaval de máscaras em Ruy Barbosa. Os jovens, porém ficaram espantados, e tinha certo receio sobre a ideia, pois não só jovens como também todos os adultos achavam o carnaval uma indecência e falta de respeito para com o tempo em que se vivia, que era justamente o tempo que antecede a quaresma, segundo preceitos religiosos, este era o tempo em que fariseus procuravam Jesus, o filho de Deus para apreendê-lo. Assim eles tinham convicção de que esses dias não eram dias para se festejar.
   Mesmo assim o Senhor Idelfonso não desistiu de sua ideia de realizar em Ruy Barbosa o primeiro carnaval de máscaras. Começou a reunir os seus amigos em sua casa que ficava localizada na Rua Antônio Novaes, mais conhecida como “Rua da Areia”, e passavam horas e horas ensaiando. Foi então no ano de 1953, um ano após sua chegada, que ele juntamente com seus posseiros da ópera, Geraldo de Caboré, Silvino, Antônio de dona Capuchinha, Saturnino, Antônio do Folga e os demais, que ele realizou então o primeiro carnaval de máscaras da cidade.
   Daí então, todos os anos, era festejados o carnaval em Ruy Barbosa, e Seu Idelfonso sempre animando e puxando a população pra rua, para se divertir e pular carnaval como nunca se tinha visto em Ruy Barbosa. E com pouco tempo, o “Carnaval de Defonso” que era como chamavam a festa na época, se tornou uma festa bonita onde a maioria dos moradores da cidade se divertia e também ajudavam na organização da festa, as pessoas se juntavam para enfeitar as suas ruas, e assim deixavam a festa ainda mais bonita e animada. As máscaras eram confeccionadas pelo Senhor Idelfonso, ele utilizava os seguintes materiais: papelão, sacos de papel, sacos de linhagem e para dar o toque especial nas fantasias, as pessoas se vestiam com mortalhas e as crianças se vestiam com roupas dos pais. Uma das fantasias que mais marcava o carnaval era a de Seu Idelfonso, gostava de se vestir com uma saia de crochê e uma camiseta vermelha.
    Iam pra rua e era uma festa só, Seu Idelfonso na frente com sua corneta, tocando e cantando junto com seus amigos animando a folia, não era à toa que ele era conhecido como o rei do carnaval de Ruy Barbosa. As pessoas o respeitavam muito, não havia necessidade de policiamento na festa, pois nunca ninguém presenciou nenhuma confusão durante a festa. A festa começava pela manhã, saia da casa do senhor Idelfonso e rodava pelas ruas da cidade, ao meio dia tinha uma pausa, os foliões iam para suas casas, almoçavam, tomavam banho, e á tarde retornavam fazendo a festa pela cidade. Até o prefeito da época o Dr. Milton da Costa Marinho, ia sempre prestigiar a festa, ficava em seu jipe assistindo as pessoas se divertirem no carnaval.


sexta-feira, 8 de julho de 2016


Minha História de vida

História de:  Raimundo Arruda de Oliveira
Autora: Raimundo Arruda de Oliveira
Publicado em: 08/07/2016

  Raimundo Arruda de Oliveira, conhecido por Cebion, nascido em quinze de abril de 1960 na fazenda Riachuelo, a 45 km da cidade de Ruy Barbosa Ba, filho de Rafael Barbosa de Oliveira e Nacimenta Benta Arruda.
   Quando criança morei na Bonita, distrito de Mundo Novo Ba, juntamente com meus pais e meus seis irmãos: Marilene, Zenilda, Jaciara, Edivaldo, Lai e Marileide.
   Tempos depois, os meus pais se mudaram para a cidade de Ruy Barbosa Ba. Comecei a estudar aos meus nove anos de idade, mais logo foram interrompidos, pois comecei a trabalhar para ajudar a minha família ,  depois de um certo tempo reiniciei os estudos e tão logo mudei-me para a cidade de Miguel Calmon. Depois fui para a cidade de São Sebastião de Passé e em 1979, fui para a cidade de São Paulo, retornando em 1981. Tão logo, fui para Salvador a trabalho como ocorreu nas demais cidades, as quais foram citadas.
  Fiz de tudo um pouco: balconista, açougueiro, vendedor de picolé, sapateiro, garçom e trabalhei durante nove anos como armador de móveis, fui recepcionista de hotel e marceneiro. Retomei os estudos, fiz o curso supletivo, mais não concluir. Comei a trabalhar no supermercado Pague Menos. Nesta época, conheci Vera Lúcia da Cruz Ferreira, namorei três anos e nos casamos em 1986, com quem tive um filho de nome Greyfe Ferreira de Oliveira, nascido em primeiro de maio 1988. O nosso casamento durou apenas dezessete anos, vindo a nos separamos em 2002.
   Trabalhei nove anos na Fenícia e vinte e cinco anos na pousada Tropical em turnos diferentes, para construir a minha casa e deu tudo certo. Sair dessa empresa em 2013.
   Sou desquitado e estou solteiro até hoje. Continuei trabalhando e ingressei no esporte muito tarde, com vinte e seis anos de idade, mas meu esporte preferido era o futebol. Cheguei a criar um time de futebol chamado Mirim, o qual não deu certo, daí em 1983 descobri o atletismo. A minha primeira prova no atletismo, foi num percurso de onze km, na cidade de Ruy Barbosa Ba. O prefeito da época era o Senhor Manoel Antônio Jansen da Silva Melo. A corrida aconteceu no dia vinte e um de abril em homenagem a Tiradentes, onde fui classificado em sétimo lugar, ganhando assim, a minha primeira medalha. Foi o começo da minha vida de atleta e uma mudança radical em todos os sentidos, registrando o meu nome na história esportiva de Ruy Barbosa na Bahia, como o único atleta dos esportes olímpicos, elevando assim o nome da nossa cidade juntamente a grandes competidores no país e no exterior, bem como o reconhecimento na Federação Baiana de Atletismo e federado como campeão baiano de corrida de rua em 2014, na categoria 50/54 anos.
   Tive acesso a mídia, rádio, televisão e jornais, sempre dando entrevistas ao longo da minha carreira esportiva como a São Silvestre que ocorreu em 1990 e ao longo do tempo participei de grandes entrevistas em jornais e TVs no país, como: antiga TV Manchete, Rede TV, TV Aratu, TV Bahia, TV Globo, Rede Record e no Jornal á Tarde. Mas o maior prêmio que um atleta ganha é o reconhecimento da família e da sociedade em geral.
   A vida de um atleta tem que ter disciplina e perseverança, tendo assim, que abrir mão de muitas coisas para estar sempre no topo. Dessa forma, os treinamentos diários são muito importantes, para dar continuação ao esporte, atingir seus objetivos e chegar sempre no pódio. A vida de alguns atletas assim como eu, ainda é muito difícil, pois tenho que treinar muito e ainda correr atrás dos patrocínios. Aqui em Ruy Barbosa na Bahia onde moro tenho que agradecer a todos que contribuíram e contribuem para engrandecer a minha carreira como atleta. Agradeço também aos comerciantes locais, empresários de fora e em especial ao meu grande amigo Alex da Mex, que me deu todo apoio e ajuda desde que comecei a minha carreira esportiva.
   Já corri milhares de provas de 5 km, 10 km, 15 km, muitas de 21 km e 25 km como a da cidade de Aracajú, mais nunca tinha corrido uma maratona completa que é de 45 km e 195 m. Em 2011, participei da minha primeira maratona e escolhi a Maurício de Nassau em Recife – Pe, onde terminei em segundo lugar na minha categoria. A minha segunda participação foi em 2012 onde fui campeão e em 2013 terminei em segundo lugar na categoria 50/54, onde tive bons resultados em quase todos os Estados que participei, como a meia maratona do Rio de Janeiro, a Volta da Pampulha em Belo Horizonte, Maceió, Natal e outros como na Argentina em 2010 e na meia maratona em Buenos Aires.  Até nos dias de hoje fui contemplado com 190 troféus e 160 medalhas, fruto das minhas conquistas. 
   Cebion é o meu apelido, o qual me foi dado pelo amigo Lauro aos oito anos de idade, pois na época, havia um comercial na TV com um boneco de topete no cabelo e como eu tinha esse mesmo penteado fiquei conhecido por Cebion. Entre outras atividades, sou também artesão, trabalho com artes em madeira e sou evangélico, membro da Igreja Batista Heróis da Fé, desde 1995, onde congrego até então.
  

 

 
Lafayette Azevedo Cohim Silva
(Dr. Etinho)

História de:  Lafayette Azevedo Cohim Silva
Autora:  Maria
 Betânia Cohim
Publicado em: 08/07/2016



   Nasceu em Ruy Barbosa – Ba, em sete de março de 1926, filho de Corinto Silva (poeta) e Zenaide Cohim.
   Formou-se em medicina pela Faculdade Baiana em 1956, sendo escolhido como orador da turma, pela sua extraordinária oratória, derrotando o seu colega Antônio Carlos Magalhães (ACM).
   Casou-se com Haydee Galvão, teve dois filhos: Maria Betânia (adm. de empresas) e Lafayette Filho (adv. criminalista).
   Trabalhou como clínico e diretor no Hospital Regional de Ruy Barbosa, antigo Funrural, clínica particular e outros.
   Morou por anos na rua que abriga o nome de seu pai, e sentia-se feliz.
   Eleito pelo povo, como prefeito em 1970, numa eleição acirrada, com apoio de seu amigo irmão Dr. Brasil Ramos e seu colega anjo Dr. Claudionor Batista, e junto com a força maior da “arraia miúda” (expressão usada por ele, referindo-se aos seus eleitores que tanto gostava), derrotando o adversário apoiado pelo Coronel Adalberto Sampaio. Na sua gestão entre outras, as micaretas são lembradas pelo trio elétrico indo até a periferia da cidade.
   Faleceu em treze de agosto de 1978, estando vivo na memória e no coração das pessoas.
   Deixou um legado de retidão, de caráter, humildade e amor ao próximo.

    

terça-feira, 28 de junho de 2016

            Atual Prefeito da cidade de Ruy Barbosa - Ba

História de:  José Bonifácio Marques Dourado
Autora: Eridan Martins de Araújo Dourado
Publicado em: 28/06/2016


José Bonifácio Marques Dourado, nasceu em Ibititá – Ba em dezoito de janeiro de 1955, filho de Edésio Marques Dourado e Laerte Bastos Dourado ( in memoriam ) terceiro filho do casal de uma família de sete irmãos. Saiu de Ibititá aos seis anos de idade para a cidade de Jacobina.
Em 1971, cursou o primário e o ginásio no colégio agrícola Álvaro Navarro Ramos “Escola Técnica Federal” concluindo o curso de técnico agrícola em dezembro de 1973.
Em 1974 iniciou sua carreira profissional no banco do Bradesco Agência Irecê, onde permaneceu por dois anos.
Em 1976, foi aprovado em Concurso Público exercendo cargo de Técnico Agrícola na Empresa EMATERBA na cidade de Ruy Barbosa, onde também estudou no Colégio Estadual Professor Magalhães Neto, no curso de contabilidade. Casando-se em 1979, com Eridan Martins de Araújo Dourado, com quem teve dois filhos, José Bonifácio Marques Dourado Júnior e Kleber Manfrinne de Araújo Dourado permanecendo em Ruy Barbosa Ba, até 1980.
Em 1981 prestou concurso público na cidade de Salvador Ba, para cargo de Fiscal Rural no Banco BANEB, sendo aprovado e exercendo a função até 1982. Em 1981 novamente aprovado mais uma vez em outro Concurso Público do Banco do Nordeste do Brasil como técnico agrícola, sendo chamado para exercer a função em 1983, na cidade de Guanambi, trabalhou nas agências de Paulo Afonso, Itaberaba, Mundo Novo, Jacobina, Medeiros Neto e Teixeira de Freitas onde até o ano de 2016 é lotado pela agência.
Em 2005, na cidade de Teixeira de Freitas, ingressou no curso de direito onde estudou até junho de 2008.
Carreira Política
Em 1982 ingressou na carreira política como candidato a vereador do Município de Ruy Barbosa Ba, sendo eleito o terceiro vereador mais bem votado; onde teve seu mandato caçado pela câmara de vereadores.
Em 1988, candidatou-se novamente como vereador o qual dessa vez foi o segundo vereador mais bem votado na cidade de Ruy Barbosa Ba. Tomou posse e foi eleito como presidente da câmara dos vereadores, em 1992 foi reeleito e agora o primeiro vereador mais bem votado do Município.
Em 1996, 2000, 2004, candidatou-se a prefeito do Município de Ruy Barbosa Ba, não sendo eleito.
Em 2008, retornou ao Município se candidatando novamente a prefeito, sendo eleito com uma grande expressão de votos, derrotando seu concorrente a reeleição, o prefeito em exercício Senhor Pedro Ramos.
Em 2012 se candidatou a reeleição e foi o primeiro prefeito a ser reeleito na história do Município.
O prefeito Bonifácio destacou-se na sua administração não somente em seu Município, mas, também em seu território e cidades da Bahia na UPB (União dos Prefeitos da Bahia) sendo eleito por duas vezes como vice – presidente da UPB, exercendo a função de represente dos prefeitos.
Na cidade de Ruy Barbosa Ba, se tornou um prefeito com uma administração marcante por oferecer espaços de discussões, debates e avaliações de políticas públicas o que não é surpresa, pois seu Plano de Governo levava o nome desenvolvimento com participação destacando-se também como o “ Governo de canteiro de obras em Ruy Barbosa”.



quarta-feira, 22 de junho de 2016

Terceiro Bispo da Diocese de Ruy Barbosa
 


História de:  Dom Matthias William Schmidt
Autora:  Acervo da Biblioteca Municipal Prof.
ª Cora Bastos Guedes
Publicado em:  22/06/2016

     Nasceu em Nortonville, Kansas, EUA, no dia 21 de abril de 1931, caçula dos quatro filhos de Léo Schmitd e Ana Weishaar Schmitd.
  No dia 26 de abril de 1931 foi batizado recebendo o nome de William Luiz.
   O seu pai foi lavrador e morreu de peritonite aguda em1932. A mãe viúva criou os filhos trabalhando como contadora, ela faleceu em 1983. Os estudos primários e secundários foram feitos com as Irmãs e Padres Beneditinos em Atchisonk e Kansas, para onde a família tinha mudado em 1938. Entrou no mosteiro de são Bento em Atcgisonk  em 1951, recebendo nome de Matthias.
   Foi ordenado em trinta de maio de 1957.
   Por três anos foi professor de Biologia na faculdade de São Bentos. Veio para o Brasil em quinze de fevereiro de 1961, com a função de fundar um mosteiro beneditino em Mineiros, Goiás.
  Foi vigário em Mineiros de 1962 a 1972.
   Em dez de junho de 1972 foi nomeado Bispo auxiliar de Jataír, Goiás, recebendo a ordenação episcopal no dia dez de setembro de 1972.
  Em quatorze de maio de 1972 o papa Paulo VI o transferiu para Ruy Barbosa onde ele tomou posse no dia vinte e nove de agosto de 1976.
  Durante os seus anos nesta Diocese Dom Mathias procurou implantar os ensinamentos do Concílio Vaticano II, estimulando uma maior participação do povo nas decisões da igreja. Isto foi feito através de Assembleias Diocesana, conselhos paroquiais e comissões de festa do padroeiro. Nestes órgãos a participação do leigo foi bem maior e mais afetiva.
   Assim a igreja que estava atuando em Ruy Barbosa não queria ser apenas algo do Bispo nem só de Padres, mais de todo povo de Deus que vive nesta Diocese.
   Junto com a Assembleia Diocesana ele fez a opção preferencial pelos pobres e procurava ajudar o povo a se organizar em CEBs, CNB, sindicatos, associações, movimentos populares, para viver integralmente a sua fé e , por isso, reivindicar os seus direitos.
  As propriedades pastorais da Diocese são pastoral da Terra que assume a luta do povo para uma autêntica reforma Agrária e o direito à terra para quem nela trabalha, a pastoral, sobretudo os padres e religiosos vindos das próprias comunidades diocesanas que se preparam para servir essas comunidades como Jesus fez.
  Texto editado em comemoração ao centenário da Paróquia de Ruy Barbosa e aos 25 anos de fundação da Diocese de Ruy Barbosa-Ba.

Dom Matthias William Schmidt faleceu em 24 de maio de 1992, aos 61 anos de idade.